Vida Política

        Os autores apresentam importantes características da vida política das sociedades da Antiguidade Oriental: o caráter absoluto e teocrático do poder. As instituições políticas orientais eram profunda- mente influenciadas pela religião e constituíam, para alguns autores, autênticas teocracias. Em quase todas as socieda- des, o governante era considerado uma divindade ou um filho de um deus. No Egito, o faraó foi conhecido primeiro como o filho do deus Hórus e depois de filho do deus-Sol, Rá. Para os egípcios, o faraó era o soberano todo-poderoso, objeto de culto que concentrava em si os poderes político e espiritual. Entre os mesopotâmicos, o rei era o sacerdote de Anu, o deus do céu; na Pérsia, era o representante de Ahura-Mazda, o grande deus; na China, era o filho do céu. Entre os hebreus e os hindus, havia uma grande influência dos sacerdotes sobre os governantes.
        De fato, ao basear seu poder na religião, os soberanos passaram a não conhecer limitações à sua atuação. Haviam algumas exceções a esse quadro, como a Fenícia, por exemplo, em cuja vida política comerciantes bastante prósperos chegaram a influir poderosamente. Havia uma grande preocupação com os aspectos administrativos. Uma complexa máquina burocrática foi criada para permitir uma correta administração. Coletores de impostos, fiscais, mensageiros, governadores, escrivães, juízes eram alguns dos membros dessa burocracia. Os governos orientais criaram ainda serviços de correio, arquivos e estatísticas.

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